As fusões e aquisições (M&A) movimentaram R$ 22,4 bilhões em janeiro, num total de 176 operações, de acor)do com relatório que acaba de ser divulgado pelo TTR (Transactional Track Record), em colaboração com o Intralinks.

Comparado ao mesmo mês de 2021, a quantidade de transações de M&A cresceu 61%. Quatro (42%) em cada dez deals possuem os valores revelados, e 73% das operações já estão concluídas, aponta o TTR.

No mês passado, o setor de internet, software e serviços de TI foi o mais ativo, com 38 transações de M&A, aumento de 3% na análise anual. Em seguida, vem o segmento de business & professional support services (37 deals).

Dealflow

Fonte: TTR

Segundo o TTR, as empresas brasileiras escolheram os EUA como principal destino de investimento em janeiro, com três transações e um total de R$ 22,83 milhões. Na sequência, vêm Israel e Reino Unido, com uma operação cada um.

Os EUA e a Argentina, com 27 e seis transações, respectivamente, são os países que mais investiram no Brasil, mostra o relatório.

As empresas norte-americanas que adquirem empresas brasileiras registraram um aumento de 107% em comparação com o mesmo período do ano passado. Já as aquisições estrangeiras nos setores de tecnologia e internet dobraram em igual intervalo.

Em relação aos fundos estrangeiros de Private Equity (PE) e Venture Capital (VC) que investem em empresas brasileiras, houve um aumento de 50% em janeiro.

Em PE, foram investidos R$ 1,4 bilhões em nove transações, uma queda de 43% no número de deals na comparação anual. Já em VC, foram realizadas 48 rodadas, movimentando R$ 4,1 bilhões, alta de 41% na mesma base de análise.

Apetite por fintechs

Um outro levantamento, divulgado nesta semana pelo Distrito, mostra que as startups captaram US$ 591 milhões em janeiro. As fintechs lideraram o volume, com US$ 319,2 milhões — destaque para a Série F da Creditas, de US$ 260 milhões.

Já em M&A, o Distrito apurou 20 operações em janeiro, o que fez desse o janeiro com o maior número de M&As da série histórica. Destaque para a compra da Stilingue pela Take Blip; da InovaMind pela Dimensa, da Totvs; e da Projuris pela Softplan.

“O número de M&As é um indicativo de que esse movimento continuará para o resto do ano e que o ecossistema possivelmente alcançará novos recordes”, disse Gustavo Gierun, CEO do Distrito, em nota.

O recado é claro: o mercado continua aquecido e o primeiro mês do ano já dá sinais disso. Resta saber como será o ritmo com a iminência das eleições, em outubro.

Source: Finsiders