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Monitor Do Mercado
September 2021
Fusões e Aquisições podem bater recorde no Brasil em 2021
Em 2020, o Brasil bateu recorde em fusões e aquisições, foram registradas mais de mil transações. Segundo dados parciais, a expectativa é que neste ano deve superar os números do ano anterior, já que só no primeiro semestre, as operações de M&A somaram US$ 52 bilhões, ultrapassando os US$ 46 bilhões de todo o ano passado.
Foram registradas 804 transações no período, com uma alta de 56% em relação ao mesmo período de 2020, quando foram concluídos 514 negócios, de acordo com o levantamento da KPMG.
Segundo especialistas, tanto a fusão como a aquisição, deve ser avaliada com cautela e servir as necessidades das empresas, já que essas transações podem não valer a pena ou gerar os lucros esperados.
Em 2018, por exemplo, 49% das empresas que realizaram aquisições obtiveram menos sinergia do que previam antes do fechamento do negócio.
Para Eduardo Luque, sócio do Grupo IRKO, para investir em uma das operações é preciso ter um estratégia clara de expansão do negócio, além de uma profunda avaliação e situação financeira da empresa.
As empresas também devem avaliar o cenário atual do Brasil, como mudanças na política e na economia que podem comprometer as condições que abriram caminhos para os negócios. “Considerando que fusões e aquisições são operações de médio prazo, fechadas ao longo de meses, é preciso manter a atenção no macro – lembrando ainda que 2022 é ano de eleição presidencial”, afirma Luque.
De acordo com a Roberta Sturaro, sócia da Setter, é essencial lembrar que o trabalho não termina após o fechamento do acordo. A integração é complexa e pode determinar o sucesso do negócio. “A aquisição em si pode ser bem-sucedida, mas o que chamamos de ‘dia seguinte’ do deal é bastante complexo. Por mais que as condições financeiras do negócio tenham sido boas para as partes, se não for possível integrar essas operações, a compra pode ser um tiro no pé”.
A pandemia da Covid-19 reduziu a margem de erro dos gestores. Por isso, dar atenção ao chamado PMI, a integração pós-fusão, é ainda mais importante nesse momento. “É fundamental fazer com que as sinergias, como alavancagem de vendas, oportunidades de cross-selling e otimização de custos e despesas, se concretizem. Além disso, é importante garantir uma previsibilidade de caixa que dê conforto às operações”, diz a sócia da Setter.
Um relatório mensal da Transactional Track Records, também trouxe dados sobre o mercado transacional brasileiro, que chegou a registrar 1.453 transações e movimentou R$ 331,2 bilhões até agosto deste ano.
Source: Monitor Do Mercado