TTR In The Press

InfoMoney

December 2022, Rikardy Tooge

Aquisições perdem fôlego em relação a 2021, mas indicam ‘novo patamar’ para 2023

Agentes apontam negociações mais demoradas e cheques mais magros, porém ressaltam maior maturidade nos M&As

As fusões e aquisições (M&A, na sigla em inglês) no mercado brasileiro perderam fôlego em 2022 no comparativo com o ano passado, tanto em volume quanto no tamanho do cheque. No entanto, as negociações registradas de janeiro a outubro superam com folga 2019 e 2020, o que indica também um novo patamar de M&As no país, para algo acima de 2 mil transações por ano, segundo agentes ouvidos pelo InfoMoney.

Para o próximo ano, a tendência é de uma retomada a níveis próximos aos vistos em 2021 por dois motivos. O primeiro deles é que muitos negócios “escorregaram” para o próximo ano em função das eleições e das incertezas econômicas do período de transição de governo. O outro argumento vem da expectativa para a retomada das ofertas públicas iniciais (IPO, em inglês), que aumentam o caixa das estreantes na Bolsa para aquisições.

Neste ano, de janeiro a outubro, o Brasil registrou 1.860 M&As, segundo levantamento mais recente da Deloitte com base em dados da plataforma Transactional Track Record (TTR). Isso representa uma queda de 14% na comparação com igual período de 2021, quando 2.174 fusões e aquisições haviam sido feitos – naquele ano, foram 2.817 transações no total.

Até o fim de 2022, as prévias mostram que o número de aquisições deverá ficar acima de 2.100, superando o observado em todo o ano de 2019 (1.777) e 2020 (1.829). Na parcial deste ano, o setor de tecnologia foi dominante no volume de negócios – o que não indica necessariamente que foi o que mais movimentou dinheiro.

“É importante lembrar que 2021 foi um ano com muito M&A represado pela pandemia, e isso ajuda a explicar um número tão esticado. Apesar da queda neste ano, vale destacar o novo patamar no número de negociações. Indica maturidade do mercado”, avalia Reinaldo Grasson, sócio de Financial Advisory da Deloitte.


Source: InfoMoney - Brazil 


Subscribe to our free newsletter: