TTR In The Press
Revista PEGN
June 2024, Rebecca Silva
Investimentos de venture capital em startups caíram 4,5% entre 2023 e 2024, diz ABVCAP
Relatório criado em parceria com a TTR Data analisou os aportes realizados entre janeiro e maio, que somam R$ 4,1 bilhões neste ano
As startups brasileiras receberam R$ 4,1 bilhões de investimento de fundos de venture capital entre janeiro e maio de 2024, de acordo com a Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP). O valor representa uma queda de 4,5% em relação ao mesmo período do ano passado.
O total foi investido em 166 rodadas, sendo 101 nos estágios anjo e seed, e 65 no early e late stage. Houve queda de 30% da quantidade de deals em comparação com o período em 2023, quando os fundos de venture capital fizeram 239 transações para startups no Brasil. Os setores que receberam mais investimentos neste período foram TI (63%), healthcare (8,5%), serviços e produtos ao consumidor (8,5%), serviços financeiros (5,7%) e indústria (5%).
Já as transações do Corporate Venture Capital (CVC) somaram R$ 500 milhões, registrando queda de 44,4% em relação ao mesmo período em 2023, quando R$ 900 milhões foram investidos pelas empresas em startups. O volume foi aportado em 29 rodadas – em 2023, foram 40. O setor de TI foi o que mais recebeu investimentos, com 66% do total de operações, seguido por healthcare (10%) e serviços e produtos ao consumidor (7%).
Os dados foram divulgados nesta quarta-feira (12/6) durante o Congresso ABVCAP. O relatório é produzido pela associação em parceria com a TTR Data a partir de informações públicas sobre operações realizadas nos últimos meses.
Em entrevista a PEGN, Priscila Rodrigues, presidente da ABVCAP, afirmou que é preciso olhar para períodos mais longos para determinar se houve uma retomada nos investimentos e que ainda não podemos dizer que chegamos à primavera das startups.
“Eu acho que a gente estava indo numa direção mais rápida de queda de juros, hoje ela está mais conservadora, o que pode atrasar um pouco mais. No começo do ano, acreditávamos que estaríamos num patamar de juros de um dígito no segundo semestre, que isso aconteceria também no mercado norte-americano, mas não existe mais esse consenso, o que vai fazer com que esse processo seja atrasado”, disse.
Source: Revista PEGN - Brazil